Marina Domingos
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Na tentativa de minimizar os problemas financeiros enfrentados pelos hospitais universitários, o secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (Sesu/ME), Nelson Maculan, a presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), reitora Ana Lúcia Gazolla e o reitor da Universidade Federal de Uberlândia, Arquimedes Diógines Ciloni, estiveram reunidos, na semana passada, com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Valmir Campelo, para pedir a prorrogação do prazo dado às universidades federais para a convocação de concurso público e readequação do quadro de servidores. A data limite estabelecida pelo TCU vence no próximo dia 31 de julho.
"Precisamos de, pelo menos, mais um ano para tentar substituir os funcionários contratados por CLT via fundações, por pessoas que farão parte do funcionalismo público", disse o reitor Arquimedes, que também é presidente do grupo de trabalho, organizado pela Andifes, para discutir o assunto.
O país tem 45 hospitais universitários, que, juntos, reúnem mais de 22 mil funcionários tercerizados. De acordo com o reitor, a forma de contratação sempre obedeceu às regras do MEC, que, no governo anterior, priorizava a contratação de funcionários por meio das fundações de apoio às universidades. "A contratação acabou inchando a folha de pagamento dos HU´s, que chegaram a comprometer 38% dos recursos dos hospitais para o pagamento de pessoal", lembra.
Arquimedes ressalta que a situação começou a ser revertida há dois anos com o início da substituição dos funcionários privados por meio de concurso público. Ainda assim, a realização de novos concursos depende de autorização por parte do ministério. Durante esse processo, os hospitais conseguiram substituir cerca de 11 mil funcionários. "Ainda queremos chegar a totalidade e para isso precisamos de um prazo maior", afirmou o reitor.