Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Previdência Social, Amir Lando, considerou que a Medida Provisória que garante o pagamento da correção das aposentadorias e pensões do INSS concedidas entre fevereiro de 1994 e março de 1997 foi a solução "mais sábia e mais correta" encontrada pelo governo para resolver a pendência com os aposentados que se arrastava por mais de uma década.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou hoje a MP que vai corrigir em até 39,7% as aposentadorias e pensões. "Podemos dizer que conseguimos aquilo que foi possível. Talvez não seja ideal para nenhuma das partes, mas diluímos no tempo o impacto dos atrasados". O ministro disse também que a correção dos benefícios deve começar a ser paga a partir de agosto e será feita na folha de pagamento.

O ministro explicou que os aposentados mais idosos, que entraram com ações na Justiça, ganham até R$ 2 mil e têm mais de 70 anos, vão receber o benefício em um ano. Já para aqueles que ganham mais e são mais jovens o prazo para o pagamento será maior, até seis anos. "O governo do presidente Lula estende a mão para os mais necessitados", enfatizou.

Lando disse também que a rede de atendimento será ampliada e que os aposentados não precisam correr para ter acesso à correção. "Não vamos fazer aumentar as filas", ressaltou.

Segundo o ministro, a dívida com os aposentados chega a aproximadamente 1% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país no intervalo de um ano. O ministro ressaltou que o acordo foi resultado de um grande esforço da equipe econômica e lembrou que é difícil buscar fontes de recurso numa época de contenção dos gastos.