Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), de julho, aumentou 7,8% em relação à ultima apuração da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada em abril. O índice atingiu 60,7 pontos, numa escala de 100. Foi o maior valor para o mês de julho desde 2000.
O indicador havia recuado no final do ano passado e voltou a subir nas duas últimas pesquisas. Em janeiro, chegou a 62,4 pontos e, em abril, de 56,3 pontos. "Isso indica que os empresários percebem uma melhora na economia brasileira e, somado ao fato de que encontramos pontos muitos positivos em relação à expectativa de produção, faturamento e emprego, podemos dizer que o empresário industrial acredita que a economia volte a crescer neste ano", disse Flávio Castelo Branco, coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI.
O ICEI é medido na pesquisa Sondagem Industrial, realizada pela CNI desde 1998 trimestralmente. Foram consultadas 1297 empresas, sendo 200 delas de grande porte. Constatou-se um pequeno descompasso entre o grupo das grandes empresas e o das pequenas e médias, no que diz respeito ao índice que mede a opinião sobre as condições atuais de crescimento. O grande empresário apontou índice de 59,6 pontos, enquanto o grupo dos pequenos e médios apresenteou pontuação de 47,9.
A linha de 50 pontos é considerada neutra na pesquisa. O resultado do índice de condições atuais significa, segundo Castelo Branco, que só os empresários de grandes empresas acreditam que a situação atual, comparada aos últimos seis meses, é melhor. Mas os pequenos e médios sentem que há uma deterioração em seus negócios, nesse período, conforme já tinham demonstrado na última pesquisa de abril.
Independente do perfil do empresário, no entanto, a expectativa para os próximos meses são favoráveis. O indicador alcançou 65,2 pontos (sendo 63 entre pequenos e médios e 69,5 entre grandes empresários), uma alta de 5,5% em relação a abril.