Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ser um plano estratégico de nação e não apenas de governo. Este é o objetivo do projeto "Brasil em 3 tempos: visões do país em 2007, 2015 e 2022", segundo o colaborador do projeto e chefe da assistência técnica do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Lélio Fellows. O centro é ligado ao poder executivo.
A idéia do projeto é elaborar metas estratégicas de longo prazo para o país e será desenvolvido pelo Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência (NAE), vinculado a Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, dirigida pelo ministro Luiz Gushiken.
Lélio Fellows destacou que o projeto é uma iniciativa inovadora no país e até mesmo na América Latina. E destacou que já é hora de se pensar o país em longo prazo. "O Brasil já é um país que não pode ser governado com um plano de quatro anos (Plano Pluri-anual)", disse. Fellows informou também que na Europa e nos Estados Unidos à prática vem sendo usada há anos.
Fellows explicou que oito "dimensões" vão guiar o projeto. São elas: institucional (política), econômica, sócio-cultural, territorial, inovação, ambiental, inserção global e conhecimento. Para Fellows, o acesso ao conhecimento será a grande mola propulsora para o desenvolvimento econômico e social do país. "Os saltos importantes que o Brasil pode dar no futuro estarão ligados a sua capacidade de incorporação do conhecimento como gerador de riquezas", destacou.
O colaborador informou que o projeto trará as estratégicas e metas a serem cumpridas e não como elas devem ser implantadas. Isto deverá ser feito por cada governo. Para que o plano não perca força durante o processo de implementação, Fellows informou que existe uma proposta de instituir um organismo para acompanhar sua execução, o cumprimento das metas, a necessidade de revisão das estratégias e sugestão de correções.
Segundo Fellows, a idéia é que até o final do ano já estejam definidas as principais características do plano. Para isso, o NAE pretende formar grupos de trabalho para a construção dos cenários em que se encontram as dimensões a serem trabalhadas no plano. Os grupos devem contar com a participação de organizações representativas da sociedade.
Chamar a sociedade civil para colaborar é uma das propostas do projeto, segundo Fellows. De acordo com ele, a intenção é realizar diversos seminários pelo país para colher as sugestões da sociedade.