Rio, 19/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - Uma semana depois do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à criação do Fundo de Garantia da Indústria Naval, empresários do setor naval, dirigentes sindicais e representantes do governo do estado se reuniram para discutir alternativas que garantam a reestruturação da indústria naval do Rio.
O fundo, que foi aprovado sem alterações na Câmara e no Senado, estabelecia uma reserva de R$ 400 milhões do Fundo de Marinha Mercante para serem usados como garantia pelos estaleiros na contratação da construção de navios.
O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Estado, Wagner Victer, disse que o veto do governo federal vai acarretar um atraso de dois anos na geração de obras e empregos no país no setor naval. Ele reafirmou, no entanto, o propósito de substituir até 2010 toda a frota de navios do país para embarcações de bandeira brasileira.
Como alternativas, Victer sugeriu a aceleração do programa de construção de barcos de apoio para a extração de petróleo pela Petrobras, menos rigor no processo de licitação de navios da Petrobras/Transpetro e mais investimentos na qualificação de mão-de-obra para a indústria naval. As propostas serão analisadas pelos empresários e sindicatos do setor e, se aprovadas serão encaminhadas ao presidente Lula.