Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro, Nélio Botelho, aposta no diálogo com o governo para conseguir que os recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sejam aplicados na recuperação das estradas. Botelho integra a Frente Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas que está reunida com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar de dizer que o atual governo herdou o setor em situação caótica e não produziu avanços nos últimos 18 meses de gestão, Botelho acredita que a Frente sairá com boas notícias do Palácio do Planalto e descarta uma greve do setor. "A Frente em nenhum momento falou em paralisação. Eu acredito sinceramente que o Presidente da República hoje, sensível como ele é, sabe que um setor tão importante para a economia está vivendo este momento dramático. Nossa expectativa é sair hoje da audiência bastante otimistas", destacou. Ele explicou que a paralisação - prevista para ocorrer entre os dias 25 e 27 de julho - estava sendo cogitada antes da criação da Frente e foi adiada por várias vezes.
Em julho de 1999, o Movimento União Brasil Caminhoneiro liderou a maior greve do setor. Na época, 95% dos caminhoneiros do país aderiram à paralisação. A Frente Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas foi criada há um mês e reúne 250 lideranças do setor.