Brasília, 16/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Márcio Fortes, que também é o coordenador do Comitê de Monitoramento do Comércio Bilateral entre Brasil e a Argentina, considerou um êxito as negociações realizadas por empresários brasileiros e argentinos sobre o comércio de fogões, geladeiras e máquinas de lavar.

A indústria brasileira fechou acordo sobre as exportações da chamada 'linha branca', mas, segundo entendimentos com os empresários argentinos, vai ter que reduzir o volume de produtos.
Pelo acordo, os fabricantes dos dois países decidiram limitar em 90 mil unidades de fogões as exportações brasileiras neste ano. No primeiro semestre de 2005, o teto cai para 47,5 mil unidades.

No caso das geladeiras, criou-se um grupo de trabalho para determinar até setembro a dimensão do mercado consumidor argentino e o seu crescimento. Houve divergências entre os números apresentados por brasileiros e argentinos, daí a necessidade desse levantamento.

Assim que houver consenso sobre os números o Brasil passará a exportar 50% do mercado de geladeiras para a Argentina. Para não interromper o comércio entre os dois países no setor o Brasil foi autorizado a exportar 36.600 geladeiras no período.

O entendimento sobre as máquinas de lavar roupa vai vigorar até o final deste ano. Os números não foram divulgados porque a indústria brasileira ainda vai estudar o assunto.

Segundo o secretário, o objetivo do Brasil é ajudar na recuperação da economia argentina. Ele ressaltou que existe uma cooperação mútua entre os dois países. Para isso, serão feitas parcerias complementares, integração de cadeias produtivas, joint ventures e promoção recíproca de investimentos.