Brasília, 15/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - Criado em agosto de 2002, o Programa de Alimentos Seguros é uma evolução do Projeto APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), iniciado em 1988 para orientar a adoção de boas práticas agrícolas entre produtores, técnicos e empresários da produção primária. O objetivo é disseminar em todo o país as ferramentas para produção, distribuição e preparo de alimentos seguros, bem como apoiar as empresas de alimentos e alimentação na implantação das Boas Práticas e do Sistema APPCC.
O Programa está baseado nos sete princípios de APPCC - análise de perigos e medidas preventivas, identificação e controle de pontos críticos, estabelecimento dos limites críticos, monitoração, ações corretivas, procedimentos de verificação e registro – de forma a amenizar ou evitar os perigos físicos, químicos e biológicos nos alimentos.
Com o PAS, é possível aumentar a segurança e a qualidade dos alimentos produzidos para a população brasileira e ampliar a exportação de alimentos, preparando o setor produtivo nacional para atender a exigências dos países importadores. Atualmente, o projeto conta com seis segmentos específicos: campo, indústria, distribuição, transporte, mesa e ações especiais.
Segundo dados da Secretaria de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, o agronegócio foi responsável por 47,2% das exportações brasileiras no mês passado. As vendas externas do setor alcançaram US$ 4,4 bilhões, registrando um aumento de 68,6% em relação a igual período de 2003.
Na fruticultura, o Brasil vem aumentando suas exportações desde 2001, principalmente para países europeus como Reino Unido, Espanha e Alemanha, e países das Américas, como Estados Unidos, Canadá, Argentina e Uruguai. Entre os destaques da pauta de exportação estão a manga, uva, maça, melão e laranja, culturas que já trabalham com o sistema de produção integrada.
De acordo com Afonso Valois, a consolidação do PAS no Brasil pode abrir novos mercados para os produtos brasileiros e aumentar ainda mais nosso superávit comercial. Ele ressaltou que uma das principais preocupações é evitar a entrada de Espécies Invasoras Exóticas (EIE) nos pomares e campos do país. "Por isso estamos sempre alerta e monitorando constantemente nossas fronteiras".