Banco do Brasil anuncia investimentos e faz balanço de aplicações no campo

14/07/2004 - 16h59

Brasília, 14/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Banco do Brasil anuncia amanhã o total de recursos que vai aplicar em investimentos, custeio e comercialização da safra agrícola 2004/2005. O anúncio será feito pelo vice-presidente de Agronegócios e Governo do banco, Ricardo Conceição, durante café da manhã com jornalistas, marcado para as 9 horas. Na oportunidade, ele também fará um balanço das ações do BB na safra 2003/2004.

No ano agrícola iniciado em julho do ano passado, o BB dispunha de R$ 20 bilhões para emprestar aos produtores rurais - mais de 73% dos R$ 27,15 bilhões gastos na safra comercial encerrada em junho. Como os financiamentos para a safra 2004/2005 terão R$ 39,45 bilhões, se for mantida a proporção percentual, o BB se encarregara de aplicar algo em torno de R$ 28 bilhões.

O detalhamento só será conhecido amanhã, mas, o aumento de 45% no volume de recursos entre a safra que se inicia e a que terminou no mês passado dá mostras do apoio que o Governo Lula vem dando à produção rural. No lançamento do Plano de Safra Agrícola e Agropecuária 2004/2005, no dia 18 de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que confia na capacidade do agronegócio gerar empregos, multiplicar rendas e levar desenvolvimento às populações menos favorecidas.

Na ocasião, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, enfatizou que o agronegócio representa 33% do Produto Interno Bruto (PIB), e responde por 37% dos empregos e por 42% das exportações, constituindo-se no "maior negócio do país". Como exemplo, ele disse que o setor exportou produtos equivalentes a US$ 30,6 bilhões no ano passado, com salto de 27% sobre o ano anterior.

O crescimento do setor nas exportações deste ano também está sendo consistente, segundo ele. Rodrigues prevê mais interiorização do desenvolvimento, com inclusão social e aumento de renda no campo. A agricultura, segundo ele, "é a mais sublime das atividades de produção", uma vez que "a vida e uma dádiva de Deus, mas quem nos mantém vivos são os agricultores". Portanto, acrescentou, "é a parceria de Deus com os agricultores que permite que a vida siga".