Amazonas e São Paulo mantêm no ano a liderança na expansão industrial, constata o IBGE

14/07/2004 - 10h15

Rio, 14/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Estado do Amazonas foi o principal destaque da produção industrial brasileira no resultado acumulado ao longo dos primeiros cinco meses do ano, frente a igual período do ano passado. Enquanto a industria nacional como um todo expandiu 7,8%, de janeiro a maio, a indústria amazonense cresceu no período 16,7%, mantendo assim a liderança que já havia obtido no mês de abril.

São Paulo – o principal parque fabril nacional – também manteve o segundo lugar com crescimento expressivo, fechando os cinco primeiros meses de 2004 com crescimento acumulado de 9,3%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela Pesquisa Industrial Mensal, os resultados significativos destes dois estados estão sendo sustentados, sobretudo, por material eletrônico e de comunicações (televisores e celulares) e veículos automotores (automóveis e caminhões), respectivamente.

O crescimento verificado na produção de bens duráveis tem se beneficiado da sustentação do dinamismo das exportações e, em relação ao mercado interno, do ciclo de vendas a crédito, destaca o IBGE.

Os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional também indicam que o parque fabril da Bahia (7,6%), também se situou com crescimento acima da média nacional de 6,5%, na mesma base de comparação. Neste caso, impulsionado pelas indústrias do refino do petróleo (óleo diesel) e da produção de álcool e outros produtos químicos, como o etileno.

Ainda no resultado acumulado do ano, mas com expansões abaixo da média nacional, aparecem: Paraná (6,4%); Santa Catarina (6,3%); Pará (5,7%); Pernambuco (5,5%); Goiás (5,1%); região Nordeste (como um todo cresceu 3,8%), Rio Grande do Sul (3,7%); Espírito Santo (2,9%); Ceará (2,5%); e Minas Gerais (1,4%).

Única exceção entre as 14 regiões, o Rio de Janeiro fechou o período janeiro-maio com queda de 0,7% - resultado superior aos 1,2% da retração acumulada até abril. O comportamento negativo da indústria fluminense é explicado pelo IBGE como conseqüência do desempenho negativo da indústria extrativa, em face das paradas programadas para manutenção de plataformas de extração de petróleo.