Brasília, 13/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) pode e deve ser muito mais eficiente agora do que já foi em qualquer outro momento. "Para isso é importante que o governo trate a Abin como uma instituição definitivamente necessária às decisões estratégicas do Estado brasileiro e, por isso mesmo, cabe ao governo criar as condições para que a Abin possa funcionar com muita perfeição e precisão", afirmou. "Pobre o governante que não tiver as informações adequadas para tomar as boas e importantes decisões que tem que tomar".
O presidente participou nesta manhã da solenidade de posse do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Mauro Marcelo de Lima e Silva, na sede da instituição, em Brasília. Lula lembrou que algumas instituições têm função estratégica para o Estado brasileiro, como a Abin, a Polícia Federal e a Receita Federal. "Eu diria que são instituições que podem permitir que o Estado seja muito mais eficiente, que possa cumprir as determinações que estão na Constituição, de fazer do nosso país um país com mais justiça social, com mais crescimento econômico e com mais distribuição de riqueza para o nosso povo", afirmou.
O presidente também afirmou que o novo diretor-geral da Abin não foi escolhido por uma relação de amizade, mas pelos serviços que prestou à sociedade no exercício da sua função.
Para o presidente, o papel de um chefe é ser humilde e tentar estabelecer harmonia entre os seus subordinados, sem que esse comportamento deixe de lado a autoridade do exercício do cargo. "Quanto maior a nossa responsabilidade, devemos ter mais humildade. Quanto maior a nossa responsabilidade, mais nós temos que despertar a confiabilidade daqueles que estão próximos de nós, porque, se o chefe não tiver capacidade de coordenação e a confiabilidade dos seus pares, ele pode até ter o cargo de chefe, mas não será chefe de fato", ressaltou.
No exercício da função, segundo Lula, é importante que, antes de tudo, prevaleça o alto grau de profissionalismo. "Pobre o ser humano que, compondo uma instituição de Estado, resolva fazer das informações que obtém um degrau para subir às custas dessas informações", alertou. Segundo Lula, o grande profissional tem que colocar as informações a serviço do Estado brasileiro e não a serviço de sua promoção pessoal.
