São Paulo, 5/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - Os preços no varejo subiram 1,55% em junho na região metropolitana de São Paulo, de acordo com o Índice de Preços no Varejo (IPV) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). Foi a segunda maior alta do ano, atrás apenas dos 1,67% registrados em janeiro. A inflação acumulada no ano pelo IPV é de 6,86%.

Vestuário, tecidos e calçados foram os itens que mais subiram em junho, com alta de 2,87%. Esse segmento, que inclui os chamados bens semiduráveis, também foi líder na elevação de preços de maio.

Os alimentos aparecem em segundo lugar, com aumento médio de 1,88% em junho. Alguns produtos, no entanto, ficaram bem acima disso e lideraram a lista de alta de preços do período. É o caso da cebola, que subiu 29,73%, do tomate, 22,20%, e de hortaliças e verduras, com aumento de 11,1%.

Tênis adulto e agasalho infantil vêm logo a seguir na lista das maiores altas de preços, com 11,13% e 9,11%, respectivamente. Segundo a Fecomércio, os preços subiram em razão do aumento das compras desses produtos, provocado pelo frio, e dos pequenos estoques do comércio.

O único segmento que registrou queda de preços em junho foi o dos chamados bens duráveis, que incluem eletrodomésticos, móveis e decoração. A retração foi de 0,30%.

O setor de materiais de construção, que apresentava uma das maiores altas acumuladas do ano, recuou na trajetória de elevação de preços e apresentou o menor aumento (0,89%) desde outubro de 2003.

Para julho, a expectativa da Fecomércio é de novas altas também nos segmentos de semiduráveis e alimentos. Segundo a entidade, os preços devem recuar apenas a partir de agosto, com o começo das colheitas e a redução do frio.