Mantega vai à CAE do Senado pedir a aprovação das PPPs

29/06/2004 - 11h57

Brasília, 29/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Planejamentro, Orçamento e Gestão, Guido Mantega, após se reunir com a bancada aliada do governo no Congresso Nacional, para tratar da votação do projeto das Parcerias Público-Privadas (PPPs), adotou idêntico procedimento na Comsisão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) e defendeu a proposta do governo.

Mantega reafirmou aos parlamentares que a proposta visa o crescimento sustentável não só em 2004, mas ao longo dos anos.

"É importante que o crescimento seja sustentável e possa se consolidar ao longo dos anos (2005, 2006 e 2007), alcançando níveis cada vez mais elevados", disse o ministro, alertando, porém, que para esse crescimento se concretizar é preciso cumprir duas prioridades: a primeira é reduzir a vulnerabilidade externa do país.

Para ele, enquanto o país for vulnerável, ele estará sujeito às oscilações do mercado financeiro internacional. "Nós sabemos disso pelo que ocorreu nos anos 90 - a cada crise internacional, o crescimento que aqui se esboçava era interrompido. Mantega garantiu que agora isso está sendo feito pelo governo pela política de comércio exterior.

O segundo ponto considerado fundamental por Mantega é que se aumente o nível de investimentos no Brasil e principalmente da infra-estrutura. "Sem infra-estrutura não é possível pensar no aumento das nossas exportações, que tem sido verificado a cada ano", lembrou. Acrescentou como exemplo que sem infra-estrutura não é possível viabilizar o transprote de mercadorias e nem o crescimento do PIB entre 4,5% e 5% ao ano.

O ministro tentou convencer os parlamentares da CAE em torno da aprovação do projeto, justificando que o Braisl precisa de estradas, ferrovias, portos, energia elétrica, saneamento e de habitação, que é o que dá a sustentação para o crescimento.

Segundo Guido Mantega, infelizmente o governo não dispõe de recursos para realizar todo esse volume de investimentos que se faz necessário para a infra-estrutura do país e, por isso, julga necessária e de vital importância a parceria com o setor privado preconizada pelo projeto das PPPs.