Rio, 29/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Presidente do Sindicato da Indústria Naval (SINAVAL), Ariovaldo Rocha, disse hoje, durante a Primeira Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore, no Armazém 6 do Porto do Rio de Janeiro, que o fortalecimento da indústria naval brasileira está estreitamente ligado à política governamental para o setor.
Segundo Ariovaldo Rocha, embora o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social seja o principal parceiro da indústria naval, a consolidação do setor, com geração de mais negócios por meio do sistema de financiamento, requer a aprovação da Medida Provisória 177, com a criação do Fundo de Garantia para a Indústria Naval (FGIN).
O Presidente do SINAVAL garantiu que, se depender do setor, o Brasil terá condições favoráveis à geração de emprego e renda no país com rapidez. "Temos demanda, financiamento, indústria de base, projeção de crescimento e mão-de-obra qualificada. Temos 100 estaleiros registrados em todo o Brasil, muitos com capacidade para construir qualquer tipo de embarcação", afirmou.
De acordo com dados divulgados pelo Sindicato, nas décadas de 70 e 80 o Brasil chegou a construir o equivalente a 1,4 milhão de toneladas de porte bruto tpb) por ano, contra os 50 mil tpb construídos atualmente. O país exportou até navios para diversos países nos anos áureos da indústria naval, todos com mais de 70% de componentes nacionais, mas hoje em dia, apesar de estar em pleno reaquecimento, o índice de importação ainda é de 60%, afirmou Rocha.