Brasília, 29/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), órgão de pesquisa vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), completa hoje 32 anos. A criação do Iapar, em 1972, resultou da mobilização de entidades e lideranças do setor agropecuário. Foi decisivo o apoio da Organização Internacional do Café (OIC), que injetou US$ 2 milhões, financiados a longo prazo, para compra de áreas experimentais e construção de laboratórios.

Hoje, o Iapar tem 17 estações experimentais, 23 estações agrometeorológicas e dezenas de laboratórios e instalações especiais para pesquisa e transferência de tecnologia. Toda essa estrutura é conduzida por 839 funcionários. Desse total, 106 são pesquisadores, a maior parte deles com doutorado.

O Iapar formulou o modelo adensado de cafeicultura, que deu outro alento a uma cultura tradicional, mas que se encontrava estagnada no estado. O Paraná tem hoje 123,7 mil hectares de cafezais, que devem produzir, este ano, cerca de 2,5 milhões de sacas beneficiadas. São mais de 15 mil propriedades, a maioria (80%), de produção familiar, com menos de 50 hectares. O Alerta Geada, em seu décimo ano de funcionamento, permite ao produtor saber - e proteger sua lavoura - com antecedência de 48 horas o risco de ocorrência do fenômeno.

Já são 120 as variedades lançadas, que possibilitaram avanços de produtividade em culturas como trigo, milho, feijão, forrageiras, café e frutíferas. Na área de manejo e conservação de solos, o Instituto foi pioneiro nas pesquisas com plantio direto, e também se destaca na investigação de plantas de cobertura para rotação de culturas. Mais recentemente, os resultados com o sistema de integração lavoura-pecuária mudaram o perfil econômico do Noroeste do Paraná, antes ocupado por pastagens degradadas. (Ascom Iapar)