Morte de fiscais em Unaí completa cinco meses sem solução

28/06/2004 - 10h57

Paula Mesquita
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) , a Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas Gerais e a Delegacia Regional do Trabalho do estado fazem hoje um ato de protesto em Unaí (MG), no local em que foram assassinados três auditores e um motorista do Ministério do Trabalho. A manifestação é para marcar os cinco meses sem solução do caso. No dia 28 de janeiro deste ano, Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva e Ailton Pereira de Oliveira foram vítimas de uma emboscada quando fiscalizavam fazendas da região.

De acordo com o presidente do Sinait, Fahid Tahan Sab, os quatro foram atraídos até o local que, segundo ele, é propício para execuções por ser ermo. Fahid Sab quer "manter acesa a lembrança do crime" para que a população possa cobrar uma solução. Ele afirmou que, até que os culpados sejam punidos, em todo dia 28 será promovido ato semelhante ao de hoje.
Dois dias depois dos assassinatos, a Polícia Federal anunciou conhecer um dos suspeitos, mas até agora ninguém foi preso.

Dois ônibus com auditores fiscais do trabalho saíram de Brasília e de Belo Horizonte.