Família de desaparecido político comprova morte por tortura

24/06/2004 - 10h37

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A família do desaparecido político Virgílio Gomes da Silva mostrará hoje, às 14h, no auditório Wladimir Herzog, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, as provas de que Virgílio foi morto por tortura nas dependências do DOI CODI-SP, onde funcionava a Operação Bandeirantes, em 29 de setembro de 1969. O nome do ex-militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN) consta da relação de 136 prisioneiros políticos desaparecidos e a União reconheceu a responsabilidade pela morte dele." Sua viúva e os quatro filhos querem que seja indicada a localização de seus restos mortais para que possam, finalmente, enterrá-lo com a dignidade que merece", informa a nota publicada pelo Grupo Tortura Nunca Mais.

Durante a apresentação, será exibido o laudo do Instituto Médico de São Paulo que prova a morte por tortura e também uma foto com as impressões digitais, feita depois da morte da vítima. Sobre o laudo, aparece um aviso escrito à mão com a frase "Não deve ser informado".