História da Rádio Nacional do Rio vai virar filme

23/06/2004 - 19h36

Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A história da Rádio Nacional do Rio de Janeiro vai virar filme sob a direção do jornalista Nelson Hoineff. Ele acaba de produzir "O Homem pode Voar", seu primeiro filme, sobre Santos Dumont.

O documentário "PRE-8: no ar a Rádio Nacional" irá retratar as décadas de 40 e 50, quando a emissora fez parte das principais políticas do governo Getúlio Vargas. Para Nelson, nesse período, a Rádio Nacional definiu modelos de produção cultural, artística e de comercialização que vigoram ainda hoje no rádio e na televisão brasileira. A emissora será reinaugurada no próximo dia 3, quando terminam as obras de restauração feitas por meio de contrato entre a Radiobrás e a Petrobras.

A responsabilidade da Rádio Nacional na formação cultural de uma geração foi outro motivo que levou o jornalista a querer documentar os anos de ouro do rádio no Brasil. "Através da Rádio Nacional, fizemos contatos mais importantes com a cultura, a música brasileira, a diversidade cultural do país e os modelos de produção artística. O documentário vai abordar bastante isso", adianta o cineasta.

As filmagens devem começar no próximo semestre e a idéia não é falar de uma época que faz parte do passado, mas "projetar a importância da Rádio Nacional no presente. O documentário mostra o quanto a emissora influenciou a cultura do Rio de Janeiro, que se estendeu para o Brasil inteiro", explica Nelson.

Cauby Peixoto, Marlene, Emilinha Borba e Angela Maria são alguns dos artistas que já confirmaram participação no filme. Mas não são apenas os cantores que estarão nas telas. Nelson destaca que vem recebendo dezenas de e-mails e telefonemas de pessoas que não conhece, mas que dizem ter histórias para contar sobre a rádio. "Todos, sem exceção, têm uma história. História deles, de algum amigo ou pessoa da família e a Rádio Nacional. É isso que eu acho muito interessante e importante. Todo mundo tem uma história envolvendo a Rádio Nacional", acrescenta.