Rosemery Amado
Repórter da Agência Brasil
Rio - A Polícia do Rio já está investigando a cobrança de ágio na venda do gás de cozinha (GLP) em comunidades carentes do estado. "Estamos indo às favelas e verificando a ligação dos traficantes que lideram as bocas de fumo nos morros do Rio com a venda de gás a preços mais caros. Tenho informações de que o gás está sendo vendido R$ a 33 em vez de R$ 30, o preço máximo praticado pela maioria dos revendedores", disse o delegado Rodrigo de Oliveira, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes. Segundo ele, na semana passada, a polícia fechou uma distribuidora de gás no bairro de Acari, na zona norte.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço do gás é livre, conforme a lei 9.478 de 1997, que liberou o preço dos combustíveis. A agência informou ainda que o acompanhamento de preços é feito pelos órgãos de Defesa da Concorrência, mas negou que esteja alheia ao assunto, já que estava presente na fiscalização em Acari.
O delegado afirmou que continua indo às revendedoras de gás nas favelas, mas o difícil, segundo ele, é comprovar o preço do produto, já que não é emitida nota fiscal. Até agora, ninguém foi preso.