Brasília, 16/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A questão penitenciária no país é muito séria, afirmou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. Segundo ele, há um défict de até 60 mil vagas. "A questão é difícil, complicada e precisa ser tratada com paciência", disse. Uma das propostas do ministro é a privatização de alguns serviços penitenciários, como a hotelaria, que inclui a alimentação. Porém, ele diz que a administração e a segurança penitenciária não podem sair das mãos do Estado.
Para o ministro, a situação deve ser atacada em várias frentes. Uma delas, é no incentivo ao uso de penas alternativas."Na Inglaterra, 80% dos casos criminais terminam na aplicação de penas alternativas; aqui no Brasil, menos de 10%. De modo que tem muita gente que está na cadeia e não devia estar. Só está na cadeia para se corromper, para se degradar, para ser recrutado pelas quadrilhas", disse. Outro modo para desafogar o sistema penitenciário, segundo o ministro, é melhorar a eficiência das Varas de Execução Penal.