Brasília, 15/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB/AP), defendeu hoje a Medida Provisória que fixou o salário mínimo em R$ 260. Segundo Sarney, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pudesse encaminhar ao Congresso um reajuste maior teria feito. No entender do presidente do Senado, os R$ 260 são o limite que o governo poderia dar. O senador defendeu ainda que o Senado dê condições de governabilidade ao presidente Lula.

O presidente do Senado disse no entanto que não atuará junto aos "senadores amigos" para mudar eventuais votos contra os R$ 260 propostos pelo governo. A senadora Roseana Sarney (PFL/MA), filha do presidente do Senado, já se manifestou contrária ao valor determinado pelo governo. Neste caso Sarney foi enfático e afirmou que "minha filha sempre teve suas posições, sua independência, e sempre caminhou com as suas pernas". Lembrou ainda que na campanha das diretas o deputado Sarney Filho votou a favor da emenda de Dante de Oliveira, contrário à posição adotada por ele na ocasião.

O senador José Sarney disse que encerrada a discussão da proposta hoje, a MP já pode ser votada manhã em plenário. Mas a posição dos líderes partidários é de votar a MP só na quinta-feira.