Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A decisão das autoridades chinesas em embargar mais dois carregamentos de soja brasileira para a China surpreendeu o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, segundo declaração dada por ele, no final da manhã, logo após dar uma palestra, no auditório do Espaço Brasil, evento paralelo à 11ª Unctad (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e desenvolvimento), que ocorre, no pavilhão de Exposições do Anhembi, na Zona norte de São Paulo. A expectativa do ministro é que o problema seja contornado com visita da missão técnica, que viaja hoje para aquele País.
Essa ida tem por objetivo esclarecer as novas regras adotadas pelo Brasil, que "são duras" e até mais rigorosas do que as instruções normativas empregadas por outros países. Para Rodrigues essa vai ser uma suspensão temporária e não deve afetar as relações comerciais entre os dois Países. Com mais esse embargo, sob a justificativa de falta de impurezas no produto, envolvendo 15 empresas, somam agora 23 companhias diretamente atingidas.
Questionado se os chineses não estariam querendo com essa atitude forçar uma baixa nos preços, o ministro disse apenas que de as cotações no mercado internacional devem levar os preços para baixo uma vez que há mais ofertas de produtos com a boa safra dos Estados Unidos e da América latina.
O ministro observou ainda que a questão deve ser resolvida rapidamente sob pena de comprometer o escoamento da safra deste ano. Além disso, observou que daqui a três meses, haverá necessidade de armazenamento do trigo se os silos estiveram com estoques acumulados de soja.