Rio, 15/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A partir de amanhã (16), grandes investidores institucionais nacionais e estrangeiros, como fundos de pensão e seguradoras, poderão aplicar seus recursos no primeiro fundo brasileiro de investimentos em participações de empresas exportadoras, o Mercatto Invex, que está aberto também a investidores pessoas físicas com grandes carteiras.
Instituições públicas, como o BNDES, podem participar do novo instrumento que está alinhado com a política macro-econômica do governo federal de reduzir o risco-país, com o objetivo de ampliar a capacidade de exportação nacional e a capacidade produtiva e de gerar empregos, por meio da expansão das fábricas.
A informação foi dada hoje pelo coordenador do Plano Diretor do Mercado de Capitais e ex- presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Thomás Tosta de Sá. O novo produto, registrado na CVM e regulado pela Instrução nº 391, foi apresentado na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Tosta de Sá salientou a importância desse novo produto para as empresas exportadoras e aquelas que poderão vir a exportar graças aos recursos que serão aportados pelo fundo. "Hoje, o aumento do volume de exportações pelo Brasil é um fator decisivo para a redução do risco país", explicou. Daí, na sua opinião, a importância do lançamento do fundo voltado para o aumento da eficiência e da capacidade exportadora das empresas. A expectativa de retorno para os investidores também é alta, disse Tosta de Sá.
O Mercatto Invex é um fundo de grande porte, cuja captação mínima é de R$ 200 milhões, podendo chegar a R$ 500 milhões. Os investimentos serão feitos em empresas de capital aberto e fechado de médio e grande portes. O prazo de maturação é de três anos, podendo ser prorrogável por mais dois anos. As empresas devem ter boas perspectivas econômicas, aceitar a participação do fundo em sua gestão estratégica e ter como objetivo aumentar a produção para atingir os mercados interno e externo.
O fundo não tem restrição a investimentos em qualquer setor da economia mas privilegiará setores que agreguem mais valor ao processo de exportação, como agroindústria, calçados, texteis, software, bens de capital, em que o Brasil tem mostrado competitividade externa, disse Tosta de Sá.