Brasília, 15/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - De volta ao Congresso Nacional depois de 15 dias em recuperação de uma cirurgia na vesícula, o líder do Governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP), admitiu que o governo vai enfrentar dificuldades na votação do salário mínimo. "Estamos trabalhando para ter coesão da base do governo. A nossa maioria é precária, mas tem que ser mantida em todas as votações relevantes", afirmou.
Mercadante defende o "pacote social" proposto pelo senador Cristovam Buarque (PT-DF) para garantir o aumento do poder de compra do salário mínimo. Na avaliação do líder, as medidas na área social são prioridade para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante todo o seu mandato – e não estão vinculadas apenas à votação do mínimo. "A base no Senado está motivada para avançar em políticas sociais, mesmo com as dificuldades orçamentárias. Esta agenda social é agora, depois e sempre", afirmou.
Hoje, ele participa da reunião com vários senadores da base aliada e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, para discutir a possibilidade de inclusão do "pacote social" na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2005.
Vários senadores da base aliada, especialmente Cristovam Buarque (PT-DF) condicionam o voto favorável aos R$ 260 ao compromisso do governo de viabilizar, em curto prazo, as medidas previstas no pacote social – que variam desde a recuperação do mínimo a ações na área de educação.