Curitiba, 14/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A capital paranaense será incluída na maior ofensiva do país para combater a obesidade infanto-juvenil porque 7% das crianças e adolescentes com menos de 15 anos da cidade estão acima do peso. Um programa federal vai atacar o problema a partir do próximo semestre. A doença aumentou em 270% nos últimos 20 anos no Brasil e já ameaça fugir ao controle. Estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, se os pais dessas crianças e adolescentes não mudarem agora os hábitos de vida dos filhos, mais de 70% deles farão parte de uma geração de gordos, vítimas em potencial de doenças como a diabetes e cardiopatias.

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, endocrinologista Henrique Suplicy, será um dos coordenadores do programa inédito do Ministério da Saúde. Ele explica que o trabalho, intitulado "Escola Saudável", consiste em realizar pesquisas e palestras informativas a respeito dos erros cometidos na alimentação das crianças.

Estatísticas mostram que uma em cada dez crianças em todo o mundo é obesa e no Brasil a doença também representa um sério problema de saúde pública, já que cerca de 7% da população infanto-juvenil tem problemas com a balança.

Em Curitiba, a Prefeitura Municipal já reformulou o cardápio da merenda que serve aos 80 mil alunos das escolas do município. A reeducação alimentar incluiu maior oferta de frutas e vegetais e fez baixar os índices de obesidade infantil de 7,6% para 7,2% na faixa etária dos 6 aos 16 anos matriculadas nestas escolas, de acordo com o coordenador da pesquisa, o médico pediatra, Nilton Willrich.