Lula participa de cerimônia em comemoração aos 139 anos da Batalha do Riachuelo

11/06/2004 - 13h03

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil

Brasília, 11/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de cerimônia em comemoração aos 139 anos da Batalha Naval do Riachuelo, realizada no Grupamento de Fuzileiros Navais. Durante o evento, o presidente condecorou com a medalha da Ordem do Mérito Naval, no grau Grã-Cruz, os almirantes-de-esquadra Miguel Angelo Davena e Kleberson Luciano de Assis, além das instituições Comando do 8º Distrito Naval, do Comando Militar do Planalto e da II Força Aérea.

Foram condecorados, por oito paraninfos, com a medalha da Ordem do Mérito Naval no grau Grande Oficial 64 personalidades civis e militares, entre as quais 13 ministros de Estado, o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP) e outros 11 deputados, três senadores, três ministros dos Supremo Tribunal Federal, seis ministros do Superior Tribunal de Justiça, o procurador-geral da República, Cláudio Fontelles, e o ministro do Tribunal de Contas da União Walter Alencar Rodrigues.

Na mensagem presidencial lida pelo mestre de cerimônia, Lula elogia a atuação da Marinha e parabeniza os marinheiros e fuzileiros pelo "esforço que vêm empreendendo, diuturnamente, para superar os óbices orçamentários que a conjuntura do momento impõe".

No texto, o presidente diz estar a par dos anseios e problemas estruturais enfrentados pelas Forças Armadas. "No caso específico da Marinha, bem sei da necessidade de reaparelhamento e modernização de seus meios, única forma de mantê-la capacitada a continuar contribuindo de forma eficaz para a defesa do país, exercendo a presença do estado em nossa extensa malha hidroviária e, sobretudo, na Amazônia azul, imenso patrimônio que temos a zelar na área marítima sob jurisdição nacional".

Lula destaca o trabalho da Marinha, ao lado do Exército e da Aeronáutica, de planejamento do envio de tropas brasileiras ao Haiti, no âmbito da missão de estabilização das Nações Unidas naquele país. "Participação essa que conta com o Grupo-Tarefa 705.2, composto por quatro avisos, que suspenderam do Rio de Janeiro no dia 28 de maio, transportando o material e parte do efetivo da Brigada Haiti, para chegar naquele País no dia 15 de junho próximo, realizando uma travessia de 18 dias de mar", assinalou.

O presidente lembrou ainda o papel da Marinha no exercício de suas atribuições subsidiárias, como a prestação de assistência médico-hospitalar, por meio de navios-hospitais, às populações carentes, principalmente da região Amazônica.

Já o comandante da Marinha, almirante Roberto de Guimarães Carvalho, destacou, na Ordem do Dia lida após a mensagem presidencial, que, se a instituição estiver aparelhada para a sua tarefa principal, poderá atender com maior eficiência as tarefas subsidiárias. "Renovo, também, a esperança de que dias melhores virão, com a aprovação do Programa de Reaparelhamento da Marinha que, englobando a construção de novos meios e a modernização de outros atualmente em operação, sem aumento do inventário hoje existente, permitirá que deixemos às gerações futuras, de forma concreta, as sementes da Marinha do amanhã", acrescentou.

A Batalha Naval do Riachuelo, também conhecida como Guerra Tríplice Aliança, foi travada em 11 de junho de 1865. Brasil, Argentina e Uruguai se uniram, bloquearam as linhas de comunicação fluviais e conseguiram deter as forças invasoras paraguaias. Considerada um marco histórico brasileiro, a batalha é lembrada todos os anos pela Marinha por meio de atividades cívico-militares em todo o país.

Criada em 11 de julho de 1934, a Ordem do Mérito Naval destina-se a premiar os militares que se distinguiram do exercício da profissão e, excepcionalmente, instituições civis, nacionais ou estrangeiras, suas bandeiras ou estandartes, assim como personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, que prestaram relevantes serviços à Marinha do Brasil.

Os ministros agraciados neste ano com a comenda foram: José Dirceu, da Casa Civil; Márcio Thomaz Bastos, da Justiça; Antonio Palocci, da Fazenda; Alfredo Nascimento, dos Transportes; Tarso Genro, da Educação; Gilberto Gil, da Cultura; Humberto Costa, da Saúde; Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior; Guido Mantega, do Planejamento, Orçamento e Gestão; Eduardo Campos, da Ciência e Tecnologia; Eunício Oliveira, das Comunicações; Walfrido Mares Guia, do Turismo; e Jaques Wagner, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.