Angélica Gramático
Repórter da Agência Brasil
Rio - Em menos de 10 anos, o número de universidades corporativas deve ser superior ao das universidades convencionais, segundo a professora da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fátima Bayma. Ela coordena o seminário Nacional de Educação Corporativa: Desenvolvendo e Gerenciando Competências, que termina hoje no Rio.
Durante três dias, o encontro reuniu profissionais que discutiram o fenômeno da expansão da educação corporativa no Brasil e no mundo. De acordo com a professora da FGV, nunca se valorizou tanto a educação. Um exemplo disso, segundo ela, está nas empresas que buscam cada vez mais formar seus profissionais alinhados ao seu negócio.
Para Fátima Bayma, o reconhecimento da importância da educação a distância é outro fenômeno que comprova a valorização da educação. Durante o encontro, mostrou-se a gama de tecnologias que estão surgindo e que já se encontram no mercado para facilitar o acesso à formação e à melhor capacitação. "É importante conhecer o potencial dessas tecnologias para saber utilizá-las. Em muitos casos, o despreparo faz com que se gastem fortunas em tecnologias no Brasil, onde a gente convive com o supermoderno, mas também convive com 16 milhões de analfabetos absolutos", alertou a professora.
Com relação à educação corporativa, ela lembrou que esta oportunidade dada pelas empresas não deve se limitar apenas a funcionários. "Para fazer jus ao nome educação, tem que ter uma visão solidária, expandindo-se para clientes, fornecedores e até para a comunidade", acrescentou.
As principais questões discutidas e apresentadas no encontro serão transformadas em livro e num cd-rom que vão ser distribuídos para bibliotecas e universidades. Fátima Bayma informou ainda que o livro irá apresentar propostas para o setor. Entre essas propostas, está a de utilizar a educação à distância como vetor que possibilite maior inclusão social e educacional.