Pedro Malavolta
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afirmou hoje que "o desafio agora é crescer, crescer e crescer. É distribuir renda, melhorar a renda do trabalhador, ampliar o mercado interno e enfrentar esse problema dos portos, rodovias e ferrovias". A declaração foi dada após visita ao prédio onde cursou o ensino médio, e no qual funciona atualmente a reitoria da UniFMU.
José Dirceu declarou que está dedicando a maior parte do seu tempo, por determinação do presidente, ao problema da infra-estrutura. "A infra-estrutura e a construção civil são empregos. E nós precisamos é de emprego, emprego e emprego e de crescimento, crescimento e crescimento. Mas crescimento com responsabilidade social, com respeito ao meio ambiente. Crescimento sustentável", enfatizou.
Segundo o ministro, o Brasil precisa de R$ 10 bilhões para resolver apenas os problemas de saneamento. "Mas o governo só tem como dispor de R$ 3 bilhões e a iniciativa privada tem que colocar mais R$ 7 bilhões", disse.
Quanto a possíveis divergências dentro do governo, afirmou que "tem gente que gosta de viver de ilusão. Quem acha que vai haver divisões entre nós, particularmente entre eu e o ministro Palocci, não nos conhece", disse.
Ao ser perguntado se divergências são naturais dentro de um governo Dirceu declarou: "Isso é outro problema. Divergências quem resolve é o presidente Lula. Eu não tenho divergências com a equipe econômica. Ministro que se desentende com ministro, o presidente Lula resolve. Não há nenhuma possibilidade de ministro ficar divergindo de ministro no nosso governo".
O ministro disse que está otimista com a possibilidade de reeleição do PT nas prefeituras das capitais. "Vamos trabalhar para isso. Mas estou otimista!".