Rio, 4/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - Os seis deputados integrantes das comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública da Câmara dos Deputados deixaram agora há pouco a Casa de Custódia de Benfica, zona norte da cidade. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Mário Heringer (PDT-MG), disse que o presídio está muito destruído e que havia muita água ainda nos corredores e dentro das celas. Ele disse também que o local onde aconteceram os crimes virou um caos.
"Havia restos humanos e fios elétricos usados para assassinar os presos ainda no chão, quatro dias depois de terminado o motim", afirmou o deputado. Ainda segundo o parlamentar, há muitos presos com marcas de ferimentos a tiro e com escoriações. Um dos presos entregou um pedaço de espelho ao deputado, que considerou o objeto uma arma em poder dos presos, apesar da vistoria já realizada pelo poder público estadual. Para Mário Heringer, a Casa de Custódia continua sendo um barril de pólvora, mesmo que os líderes do motim estejam separados dos outros presos.
A comissão deixou a Casa de Custódia rumo à Secretaria de Administração Penitenciária, no centro do Rio, com o objetivo de pedir ao secretário Astério Pereira dos Santos que os presos sejam transferidos imediatamente. O ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, deputado Josias Quintal, também integrante das Comissão que visitou o presídio, disse que vai pedir ao secretário o afastamento do diretor da Casa de Custódia de Benfica. Segundo ele, um preso o teria informado que o diretor corre risco de vida.