Brasília, 27/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - Os 45 hospitais universitários federais estão devendo R$ 300 milhões e comprometem até 40% da verba a eles destinada pelo Sistema Único de Saúde com o pagamento de pessoal, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino (Abrahue), Amâncio Paulino de Carvalho. Para tentar resolver o problema os ministros da Saúde, Humberto Costa, e da Educação, Tarso Genro, lançaram hoje o Programa de Reestruturação dos Hospitais de Ensino do MEC no SUS, que contará com investimentos de R$ 150 milhões.

Além da liberação de recursos extras, também está prevista uma estratégia definitiva de reformulação da política para os hospitais de ensino. Uma comissão interministerial trabalha desde o ano passado para elaborar o diagnóstico da situação atual doestes hospitais.

O ministro Humberto Costa afirmou que, além de promover a melhoria dos hospitais universitários, a parceira entre os Ministérios da Saúde e da Educação pode servir também para estabelecer maior integração entre a ação dos dois ministérios. "É necessário, cada vez mais, casar o ensino superior e o Ministério da Saúde", acredita o ministro. Ele disse que formar mais médicos nas especialidades que são carentes no SUS pode ser um bom resultado dessa parceria.

Segundo o presidente da Abrahue, a falta de recursos afeta diretamente o atendimento nos hospitais. Amâncio explica que a segurança dos pacientes fica comprometida se não há verba para compra medicamentos e manutenção de equipamentos. "A parceria dos Ministérios têm duas funções importantes. Uma, aumentar a segurança dos pacientes. E outra, obviamente, é a de garantir a qualidade do ensino e da pesquisa", avalia.