Rio, 27/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - O consumo das famílias cresceu 1,2% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado. Foi a primeira taxa positiva desde o primeiro trimestre de 2002. Na comparação com o último trimestre de 2003, o crescimento foi de 0,3%.
Na avaliação do gerente das Contas Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roberto Olinto, estas taxas ainda não podem ser vistas como uma reversão do quadro econômico, pois a recuperação do consumo das famílias depende de variáveis que continuam sem perspectivas positivas, como o rendimento real do trabalhador, a taxa de juros e o crediário.
"O consumo das famílias está em um momento de estabilidade. Pelo movimento dos últimos períodos, pode-se dizer que há perspectivas de crescimento, mas tudo vai depender da dinâmica da economia", ressaltou Olinto.
Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro divulgados pelo IBGE mostram também que a agropecuária e as exportações continuam sustentando a economia do país. A indústria confirma os sinais de recuperação, apoiada principalmente no segmento de máquinas e equipamentos. Os investimentos também aumentaram no primeiro trimestre, depois de resultados negativos ao longo dos quatro trimestres do ano passado.