Brasília, 26/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, afirmou hoje (26/5), no seminário Brasil-China: Uma Parceria de Sucesso, em Xangai, que há enorme potencial a ser explorado nas relações comerciais entre os dois países. Ele destacou que as pautas de intercâmbio comercial ainda são pouco diversificadas. Segundo Monteiro, há espaço para ampliar as exportações para a China, tanto em produtos básicos como em manufaturados.
"O Brasil exporta apenas 441 produtos para a China, contra 1.970 para os Estados Unidos e 1.840 para a Europa. A pauta chinesa para o Brasil ainda é igualmente pouco diversificada", afirmou.
Monteiro Neto disse também que há sinais importantes na área de investimentos dos dois países. Ele citou experiências de empresas brasileiras no mercado chinês, como as da Embraco, Embraer e Companhia Vale do Rio Doce.
Entre os setores brasileiros com desenvolvimento relevante, ele destacou as indústrias aeronáutica, de agribusiness, siderurgia, automobilística, de papel e celulose, construção pesada, aplicações de software, petróleo e indústria química, bens de capital, equipamentos eletrônicos, tecnologia do álcool, têxteis e confecções, design de jóias, cerâmica, mobiliário, tecnologias ambientais e indústria audiovisual. "A China deve examinar com atenção as oportunidades de investimentos no Brasil", afirmou Monteiro Neto.
Ele falou no seminário sobre a disposição da CNI em apoiar empresas brasileiras interessadas no mercado chinês e companhias chinesas que quiserem desenvolver parcerias no Brasil. "A nossa visão da China é a da oportunidade", disse.
Amanhã (27/5), o presidente da CNI participará de um café da manhã reservado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com representantes das 20 maiores empresas da China.
"Será um bom termômetro para aferir realmente todo o interesse que o Brasil desperta hoje na China", destacou.
As informações são da CNI.