Brasília, 21/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas (SP), operado pela Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron (ABTLuS) ampliaou a capacidade instalada para uso em pesquisa científica, com a entrada em operação de dois espectrômetros de massas, que contribuirão para desenvolver a área de biologia molecular estrutural.
Um dos espectrômetros é o primeiro em sua categoria a entrar em operação no país. A espectrometria de massas é uma técnica utilizada em química de proteínas e serve para identificar, caracterizar modificações e seqüenciar proteínas e peptídeos com importância biológica ou biomédica.
Os equipamentos chegaram ao LNLS em 2003 e desde então foram testados. Agora, serão abertos a usuários de outras instituições. Além do acesso aos espectrômetros de massas, os pesquisadores que tiverem propostas de pesquisa aprovadas, terão também a possibilidade de participar de cursos, oficinas e treinamentos destinados a contribuir para a ampliar a competência nacional na área de espectrometria de massas aplicada à proteínas.
A primeira chamada para apresentação de propostas de pesquisas destinadas à execução com uso dos espectrômetros de massas está disponível na página eletrônica do Laboratório (http://www.lnls.br). Os equipamentos se integram à infra-estrutura que o LNLS coloca ao alcance de pesquisadores brasileiros de outras instituições, cumprindo o papel de laboratório nacional, indutor de pesquisa e desenvolvimento tecnológico com nível mundial de competitividade.
Espectrômetros de massa
Os espectrômetros de massas permitem ao pesquisador saber a seqüência de aminoácidos de um pedaço de proteína, que será posteriormente submetida à comparação com informações disponíveis em bancos de dados. No caso de proteínas purificadas em laboratório, obtém-se um dado padrão de peptídeos dos aminoácidos e compara-se com informações disponíveis em bancos de dados. Daí resulta a informação procurada, de identificação da proteína.
O LNLS é responsável por gerenciar a Rede de Biologia Molecular Estrutural do Estado de São Paulo (SmolBNet) na qual estão integrados 16 grupos científicos do estado que se beneficiam do uso de equipamentos e insumos compartilhados, troca permanente de informações, e treinamentos. Juntamente com o Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear da Universidade Federal de Rio de Janeiro (UFRJ), o LNLS coordena também a Rede Nacional de Biologia Molecular Estrutural na qual estão associados 10 grupos científicos de todo o país, que participam de uma rede similar. (Ascom LNLS)