MEC instala mesa de negociação permanente

20/05/2004 - 16h55

Brasília, 20/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Educação, Tarso Genro, participou hoje da solenidade de instalação da Mesa Setorial de Negociação Permanente do Ministério da Educação (MEC). A mesa tem como objetivo manter abertas as discussões sobre reajuste de salários e elaboração de planos de carreira para professores e trabalhadores da educação do serviço federal. "Essa mesa é para canalizar de uma maneira racional e negociada as demandas particulares do MEC", explicou o ministro.

Todas as principais entidades representativas dos trabalhadores em educação foram convidadas para compor a mesa de negociação: a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (Sinasefe) e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andes).

Apesar da maior parte da negociação salarial dos servidores da educação já ter sido finalizada com a assinatura do termo de compromisso entre a Fasubra, Sinasefe e o Ministério do Planejamento, nesta quarta-feira, ainda existe pendência em relação à proposta salarial dos professores das universidades federais, que pedem 50,19% de reajuste além da incorporação das gratificações de incentivo e estímulo à docência.

Hoje, os professores de 25 universidades federais paralisaram suas atividades como forma de chamar atenção para negociação salarial com o governo federal. "A paralisação já fazia parte do nosso calendário, dentro do processo de discussão do reajuste salarial com o governo", disse o vice-presidente da Andes, José Domingues.

Durante a cerimônia os representantes da entidade contestaram as declarações do Ministro do Planejamento, Guido Mantega, que na ocasião havia dito que a entidade tinha sido a única a não apresentar proposta salarial. "Registramos que a satisfação sobre a instalação da mesa aqui no MEC não se estende ao conjunto das negociações com o governo", informou ele.

Para o Secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, houve erro de interpretação sobre as declarações do ministro Guido Mantega. Segundo ele, ainda existe tempo para negociação que termina amanhã (21). "Não é um prazo fatal. O governo deu um prazo para que depois de terminado avalie o processo de negociação e eventualmente venha, ou não, aceitar", argumentou o secretário.