Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil
São Paulo- A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), disse por meio de nota que a decisão pela manutenção da Selic em 16 % ao ano, era esperado, "por seu histórico de cautela e austeridade" além das turbulências enfrentadas pelo mercado brasileiro nas últimas semanas e pelo momento político interno "desfavorável".
A Fecomercio defende a queda da Selic, "mesmo que lenta e gradual, para que a atividade econômica, ainda bastante reduzida, possa se recuperar até o final do ano".
Na avaliação de Abram Szajman, presidente da entidade, a interrupção na trajetória de queda da Selic, traz um efeito negativo sobre as expectativas dos consumidores e dos empresários do setor produtivo. Com isso a entidade revê a previsão de crescimento do PIB este ano, entre 3 % e 4 %, para no máximo, 3 %.
Segundo a Fecomercio, a manutenção da Selic, retarda ainda mais o reaquecimento do mercado interno e faz com que a recuperação da economia atenha-se aos setores voltados à exportação.
"Grande parte das vendas do comércio é feita a prazo, e,portanto, depende da taxa de juros e da disposição dos comerciantes em alongar prazos. Com a manutenção da Selic, provavelmente os prazos não vão se alongar e o custo dos financiamentos pode até mesmo se elevar", disse Szajman.