Setor de transportes engaja-se na campanha contra exploração sexual infantil

18/05/2004 - 19h45

Brasília, 18/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - Representantes do setor de transportes disseram hoje que são injustas as acusações de exploração sexual infanto-juvenil contra profissionais e empresários do ramo. Eles entregaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um manifesto, com 65 mil assinaturas, contra esse tipo de abuso. Para o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, José Fonseca Lopes, esta é uma prova de que os motoristas não concordam com a exploração sexual e estão engajados na luta para combatê-la.

Lopes disse que a luta dos profissionais de transportes contra a exploração sexual de crianças e jovens é antiga. Segundo ele, a rede do Serviço Social do Transporte e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat) lançou a campanha há alguns anos, e o que houve agora foi um engajamento.

Esta é também a opinião do presidente em exercício da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Nilson Gibson. Para ele, as assinaturas colhidas no manifesto demonstram o interesse da rede Sest/Senat em ver erradicado de vez o mal da exploração sexual infanto-juvenil do país. "O fim da exploração sexual infantil precisa sair do discurso. Para isso, é necessário haver uma mobilização da sociedade. Acredito que, com essa ação, teremos todas as condições de melhorar esse quadro", disse Gibson.

Mais de 400 caminhoneiros e taxistas participaram, na tarde de hoje, de uma carreata como forma de adesão à campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. Eles fizeram um percurso de dois quilômetros entre a Torre de Televisão e a Esplanada dos Ministérios.