Rio, 17/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - A produção industrial em São Paulo registrou em março uma expansão de 12,7% em relação a março de 2003, o quinto índice positivo consecutivo neste tipo de comparação, conforme divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado mostra desempenho superior ao observado no total do país (11,9%). A indústria paulista também obteve resultados positivos no acumulado do ano (6,9%) e nos últimos 12 meses (0,6%).
De acordo com o IBGE, o crescimento de 12,7% obtido na comparação com março de 2003 refletiu o comportamento positivo de 17 das 20 atividades pesquisadas. Os setores que mais influenciaram o desempenho global foram veículos automotores (45,4%), máquinas e equipamentos (28,2%) e máquinas e aparelhos elétricos (21,8%), impulsionados, principalmente, pelo aumento na produção de automóveis, motoniveladores e transformadores. Os três ramos ainda em queda são os que dependem da evolução da massa salarial: edição e impressão (-12,2%), farmacêutica (-5,6%) e bebidas (-3,8%).
O IBGE enfatiza que a taxa positiva registrada pelo indicador acumulado do ano pela terceira vez consecutiva confirma a recuperação da indústria paulista iniciada em novembro. Quinze ramos pesquisados apresentaram crescimento nessa comparação, com destaque para o desempenho de veículos automotores (24,1%). Em contrapartida, a farmacêutica, com taxa de -24,4%, foi a atividade que mais pressionou o índice geral.
Ainda segundo o IBGE, há um ganho de dinamismo na atividade industrial paulista entre o último trimestre do ano passado (1,9%) e o primeiro trimestre deste ano (6,9%), o que é explicado, principalmente, pela forte presença dos segmentos de bens duráveis na estrutura fabril do estado, setor que teve papel significativo na recuperação observada na indústria nacional.
"Na indústria paulista esse setor está representado, principalmente, pelo desempenho de veículos automotores, que passa de 9,1%, no último trimestre de 2003, para 24,1%, no primeiro trimestre de 2004, onde destaca-se o aumento na produção de automóveis", diz o comunicado do IBGE, acrescentando que o setor de material elétrico e de comunicações (de -8,6% para 19,0%), principalmente com os celulares, desponta em segundo lugar.