Gabriela Guerreiro
Repórter da Agência Brasil
Foz do Iguaçu (PR) - A hidrelétrica de Itaipu Binacional também quer se tornar roteiro definitivo dos turistas que visitam Foz do Iguaçu. Embora a usina receba hoje em média 595 mil turistas por ano, a idéia é aumentar esse índice para atingir o número de visitas às Cataratas do Iguaçu. "Essa região tem uma vocação natural para o turismo por estar a 30 quilômetros das Cataratas, com um parque ao redor, a fronteira de três países, somado a compras e gastronomia. E a Itaipu se preparou para receber cada vez mais turistas", ressalta o diretor-geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek.
A empresa investiu pesado em atrações turísticas. Em 1987, inaugurou o EcoMuseu, um espaço de educação ambiental que reúne um acervo histórico e atual da hidrelétrica. A média de visitantes no museu é de oito mil pessoas por mês. O espaço foi totalmente revitalizado em 2002 para abrigar, também, exposições artísticas e réplicas de equipamentos da hidrelétrica – como o eixo das turbinas, com direito a efeitos sonoros e visuais. O EcoMuseu também apresenta réplicas de animais da região e artefatos indígenas. "O museu é importante porque é o meio de a empresa passar a imagem do que faz na área do meio ambiente e as pessoas não conhecem. Geralmente, elas só conhecem a parte de produção de energia", afirma um dos monitores do EcoMuseu, Fabio Prim Loyola.
Há mais de um ano como instrutor, Fabio Prim coleciona histórias de turistas que visitaram o espaço. Uma das mais curiosas, segundo ele, foi a de um turista norte-americano que se impressionou com um pilão de socar grãos, ali exposto. Imaginava que fosse um aparelho para produzir caipirinha em larga escala. "Eu adoro o trabalho, e não canso de contar as mesmas histórias para os visitantes. E também me divirto com alguns episódios", diz Fabio.
Outro investimento de Itaipu para atrair turistas é o Refúgio Ecológico. O espaço vai estar concluído ainda este ano e reunirá diversas espécies vivas de animais que poderão ser admiradas de perto pelos turistas. O Refúgio é climatizado e reproduz os ambientes da fauna brasileira. O espaço mais aguardado é a Casa do Sol e da Lua, que vai permitir aos visitantes observar os animais noturnos em plena luz do dia.
