Rio, 14/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - Com a política econômica séria e equilibrada em vigor no Brasil, o país não terá dificuldades para vencer a atual situação mundial. Esta é a opinião do novo presidente da Associação e Sindicato dos Bancos do Estado do Rio de Janeiro (Aberj/Sberj), Carlos Alberto Vieira. Ele tomou posse hoje, em cerimônia que contou com a presença do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Para Vieira, é provável que o Brasil ultrapasse a barreira da possível alta dos juros norte-americanos e consiga atingir o sucesso que toda a população espera. Ele reconheceu, por outro lado, que a política austera adotada pelo Banco Central nem sempre agrada a todos. "É uma política dura, difícil de ser aceita e por vezes gera descontentamento", disse. Ele destacou que é essa política que tem mantido a inflação sob controle e tem permitido que surjam sinais de crescimento, "dando a certeza de que o Brasil continuará nessa trajetória positiva".
Vieira considerou natural que os empresários critiquem os bancos, alegando que estes ganham muito e estão praticando taxas muito elevadas, sem olhar para as origens dessas taxas, que derivam da elevada carga fiscal. Essa mesma carga fiscal é, segundo ele, responsável pela inibição ou retardamento da criação de empregos. "A carga fiscal é muito mais prejudicial, improdutiva e gera uma total dificuldade na criação de empregos ou na expansão de outras atividades produtivas", assegurou.
Vieira disse porém, que não tem dúvidas de que as autoridades saberão contornar esse problema gerado pela elevada carga fiscal, de maneira a praticar no Brasil uma carga mais democrática, viabilizando as iniciativas produtivas para resultar em benefícios à sociedade. Um dos grandes objetivos de Vieira é "trazer de volta o desenvolvimento econômico para a cidade do Rio", recuperando a importância registrada no passado.