Rio, 14/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Federação Brasileira dos Bancos
(Febraban), Márcio Cypriano, afirmou hoje que o novo salto de crescimento econômico com desenvolvimento social já começou no Brasil. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já se observam sinais desse processo, entre os quais o aumento de mais de 16% da produção industrial no primeiro trimestre, mostrando crescimento em 20 dos 27 setores pesquisados. Outro dado positivo se refere ao agronegócio: entre janeiro e abril, o resultado das exportações foi 30% superior ao de igual período de 2003.

Durante evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro, Márcio Cypriano disse, entretanto, que o ritmo de crescimento poderia ser mais intenso, se não fossem alguns entraves que afetam a atividade econômica e, de modo particular, as instituições financeiras. Ele citou "os altos níveis do depósito compulsório, os vários tributos incidentes sobre as operações de empréstimo, e uma Lei de Falências arcaica, que gera insegurança, entre os fatores que limitam o crédito e encarecem o custo do dinheiro.

Cypriano acredita que o setor bancário terá um papel de liderança no processo de retomada do desenvolvimento brasileiro, "financiando o investidor, estendendo os serviços bancários a um número crescente de cidadãos, auxiliando o governo na manutenção da estabilidade econômica, e apoiando diretamente a sociedade com ações nas áreas de educação, cidadania e meio ambiente, entre outras".

O presidente da Febraban reafirmou a confiança do empresariado do setor na capacidade de recuperação do país e de enfrentar e superar as dificuldades. "Nunca deixamos de investir no Brasil", assegurou. De acordo com Cypriano, a comunidade bancária responde pela manutenção de 400 mil empregos diretos, com pagamento superior a R$ 30 bilhões anuais em salários e benefícios sociais, contribuindo ainda com cerca de R$ 12 bilhões em tributos por ano.