Milena Galdino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O fator que mais pesou na especulação do petróleo mundial é a chegada do verão no Hemisfério Norte. Com boas estradas e distâncias relativamente pequenas, norte-americanos e europeus aproveitam o período para viajar de carro, e o consumo de combustível aumenta consideravelmente.
O temor de que os tanques fiquem vazios é tanto que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, responsável por mais de um terço da produção mundial de petróleo, pode decidir aumentar a produção em mais 1,5 milhões de barris por dia, na reunião do dia 22, em Amsterdã.
Mesmo encarecendo 43% no último ano, nos Estados Unidos, o maior consumidor mundial, o litro de gasolina não ultrapassa o equivalente a R$ 1,10, ou quase a metade do preço pago pelos brasileiros na bomba. A justificativa para a diferença está na carga tributária que incide no produto e na margem de lucro das distribuidoras: de cada litro vendido nos postos, são retirados R$0,511 de Contribuição de Intervenção sob o Domínio Econômico (Cide). O maior imposto, contudo, continua sendo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), que pode chega a 35% do valor total em alguns estados.