BNDES deve aprovar no segundo semestre financiamentos para projetos argentinos

13/05/2004 - 17h43

Rio, 13/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá destinar US$ 1 bilhão a projetos de infra-estrutura argentinos nos próximos três anos, confirmou o vice-presidente do banco, Darc Costa. O anúncio da aprovação de financiamentos pelo banco para os primeiros projetos de interesse argentino deverá ocorrer no segundo semestre. Darc Costa espera que, em 2005, cinco projetos de infra-estrutura (reparos em duas ferrovias, gasoduto, ampliação de usina siderúrgica e projeto de biogenética) prioritários para o governo argentino já estejam recebendo recursos do banco.

O BNDES já liberou US$ 600 milhões para a Venezuela para a execução de obras de infra-estrutura, do total de US$ 1 bilhão prometidos. A liberação faz parte do projeto de integração sul-americana, que é uma das prioridades do governo brasileiro.

Darc Costa informou que, no caso argentino, a participação da instituição se dará em regime de co-financiamento com o Banco de Investimento e Comércio Exterior (BICE) e o Banco da Nação Argentina (BNA), dando prosseguimento ao acordo de cooperação firmado entre as três entidades no início de abril.

Ele disse que o BNDES vai investir em obras de infra-estrutura na Argentina buscando ampliar o acesso de produtos brasileiros ao país. Outro objetivo do banco é criar condições para uma base energética comum entre os dois países.

Darc Costa assegurou que a Argentina é um dos melhores mercados para investimentos, porque está mais próximo e é onde o Brasil tem vantagens comparativas. "É um mercado de 36 milhões de pessoas, cuja renda média supera a brasileira. O mercado argentino tem capacidade de absorver os produtos brasileiros porque é praticamente complementar em termos industriais".

O vice-presidente do BNDES informou que os pedidos de financiamento para os projetos argentinos deverão ser apresentados pelo BICE nos próximos dias. Os pedidos obedecerão à sistemática operacional do BNDES, que demora até sete meses para aprovar uma operação.