Gustavo Bernardes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar da greve de 24 horas feita pelos funcionários do Banco Central, os serviços considerados essenciais, como operações de câmbio, compensações eletrônicas, funcionamento do sistema de dados do BC (Sisbacen) e transações rotineiras com o mercado financeiro não foram afetadas.
Segundo informou o Banco Central, apesar de cerca de 60% dos 4,7 mil funcionários terem aderido à paralisação, não houve prejuízos às atividades obrigatórias prestadas pela instituição monetária. Departamentos de alguns dos principais bancos do país alegaram, entretanto, dificuldades para fechar algumas operações, como contratos de exportação, os chamados
Adiantamentos de Contrato de Câmbio (ACC).
De acordo com levantamento do BC, das 10 representações da instituição distribuídas pelo país, apenas as de Belém (PA) e Salvador (BA) não tiveram qualquer mobilização. Nas outras localidades, a média de adesão chegou a 60%, sendo que Brasília registrou a maior mobilização, com 70%. Nesta quinta-feira, os funcionários retornam ao trabalho, mas mantém as negociações com o governo por melhores salários e condições de trabalho. Os servidores defendem reposição das perdas salariais ocorridas – 50,19% - entre junho de 1998 e dezembro do ano passado. Além disso os funcionários esperam do governo a implantação do cargo de técnico de nível superior do BC e piso salarial de R$ 1.440 para o funcionalismo.