Rio - O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, reafirmou hoje que não existe nenhum tipo de impasse entre o Brasil e a Agência Internacional de Energia Nuclear (Aiea)envolvendo a tecnologia de produção de urânio enriquecido em escala indústrial, na fábrica de Resende.
"Este é um processo de negociação, que vemos com muita tranqüilidade e bons propósitos, estará em pauta no próximo ano, durante a Quinta Conferência do Tratado de Não-proliferação de Armas Atômicas ", disse.
Na avaliação de Campos, a sociedade brasileira está compreendendo cada vez mais a importância da posição do governo brasileiro em relação a esta questão. "Nós devemos respeito ao povo que, ao longo de 20 anos pagou tributos, financiando assim a pesquisa e a construção de fábricas de combustíveis e unidades geradoras de energia nuclear".
O ministro assegurou que o programa nuclear é um dos pilares da retomada do desenvolvimento, não somente pela energia que produz, mas também pela importância de diversas tecnologias que, criadas a partir do conhecimento adquirido pela programa nuclear, envolvem a produção de fármacos, a nanotecnologia, os minicondutores.
Eduardo Campo participou em Resende, no Rio de Janeiro, da cerimônia de comemoração do milesimo elemento combustivel que vai gerar energia nas centrais nucleares de Angra dos Reis.
As informações são do Ministério da Ciência e Tecnologia.