Brasília, 30/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - O primeiro-vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), usou o exemplo do Rio Grande do Sul, que definiu um piso regional entre R$ 312 e
R$ 332, para pedir aos outros estados que adotem patamar semelhante. Para o senador, a medida poderia incentivar o governo federal a definir um reajuste para o salário mínimo maior que o anunciado ontem (de R$ 240 para R$ 260). Paim destacou que o Rio Grande do Sul é o estado em que o número de desempregados é menor, proporcionalmente à população.
O senador participou hoje de videoconferência sobre a situação dos trabalhadores no país, ao lado do presidente da Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil, Antônio Neto, e do coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores, Moacyr Roberto Auersvald. Durante o debate, transmitido para 26 assembléias legislativas, os participantes criticaram o valor do novo salário mínimo, que entrará em vigor amanhã (1º).
"Não esperava um reajuste tão pequeno", afirmou Paim. Pelos cálculos do senador, com o antigo valor do salário mínimo, o trabalhador contava com cerca de R$ 18 para as despesas mensais com alimentação, excluídos os gastos com contas de luz, água e gás, transporte e previdência social. "Com um aumento de R$ 20 no salário mínimo, vão sobrar cerca de R$ 30 para ele se alimentar com sua família durante um mês. Isso, se não tiver aumento nos outros itens. Isso é inaceitável", disse o senador. Ele vai propor um projeto substitutivo à medida provisória do governo sobre o novo valor do salário mínimo, que, em sua opinião, deveria ser de pelo menos
R$ 300.