Brasília, 28/04/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, acredita que o governo define até amanhã o novo valor do salário mínimo. Depois de participar de cerimônia no Palácio do Planalto, ao lado do presidente Lula, o sindicalista disse que o presidente deve autorizar o maior valor possível de reajuste do salário mínimo, ao invés de aumentar os recursos para o salário família.

"Acho que o governo não deve embarcar naquela de fazer R$ 260 no mínimo e reforçar o salário família. Tem que dar o máximo que puder no mínimo. O que couber no Orçamento, tem que colocar, e aprofundar o projeto de debate no futuro", defendeu Marinho.

O presidente da CUT criticou a demora do governo em anunciar o novo valor do salário mínimo e atribuiu o excesso de discussões ao fato de o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, estar ausente do país nos últimos dias. "Acho que a postergação da decisão se deu por essa razão. Eu imagino que essas postergação seja todo o esforço para ver tudo o que tem nas gavetas, para aumentar ao máximo o salário mínimo", afirmou.

Luiz Marinho também defendeu a ampliação do debate sobre o salário mínimo com todos os setores da sociedade para evitar, no futuro, especulações desnecessárias. "Há um debate meio hipócrita em relação ao salário mínimo que toda a sociedade faz, e nós temos que fazer debate de longo prazo. O presidente determinou que, até sexta-feira, o ministro Palocci apresente estudo neste sentido. Isso, para mim, é o principal aspecto, para colocar na peça orçamentária do próximo ano qual será o salário mínimo do ano que vem. Tem que ter um planejamento que aponte para a recuperação gradativa do salário mínimo", ressaltou.