Atendimento a alunos com necessidades especiais aumentou em 30,6 %

28/04/2004 - 12h32

Brasília, 28/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - Existem no Brasil 504 mil alunos especiais freqüentando as salas de aula do ensino básico e apenas 5.600 cursando o nível médio. Nos cursos profissionalizantes do ensino médio, os alunos especiais somam 36 mil em todo o país. Para a Secretária Substituta de Educação Especial, do Ministério da Educação, Cláudia Gribosli, o Censo Escolar, que está sendo realizado nas escolas do país, poderá explicar as razões que impedem os alunos com necessidades especiais de atingirem níveis mais elevados do ensino.

A educação especial está sendo debatida por representantes de 32 países membros da Organização dos Estados Americanos - OEA, reunidos em Brasília. O encontro será encerrado na próxima sexta- feira.

O Brasil pode comemorar alguns feitos nessa área: o atendimento a portadores de necessidades especiais aumentou em 30,6 % nas escolas do ensino regular, desde janeiro de 2003. De acordo com o censo do ano passado, do total de alunos com necessidades educativas especiais matriculados, 21% estudam em colégios públicos e 79% freqüentam escolas particulares ou filantrópicas, como as APAES - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais.

O Censo Escolar 2004, que é promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP/MEC - vai identificar as necessidades especiais de alunos portadores de cegueira, baixa visão, surdez, deficiência auditiva, física, mental e deficiência múltipla, além de crianças hiperdotadas e aquelas com condutas típicas, como é o caso dos hiperativos. A pesquisa será feita em 112 mil escolas do país, entre públicas (federais/estaduais/municipais) e privadas, inclusive as escolas indígenas e quilombolas. Os primeiros dados da pesquisa serão divulgados a partir de agosto.