Rio, 27/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou em 0,21%, em abril, a menor taxa registrada neste ano, conforme divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - em janeiro, registrou de 0,68%, em fevereiro, 0,90% e, em março, 0,40%.
O IBGE atribui o recuo do índice à deflação de alimentos e combustíveis e à desaceleração de itens como telefone fixo e cigarro. No ano, o IPCA-15, que é uma prévia do IPCA, índice usado pelo governo para balizar as metas inflacionárias, acumula alta de 2,21% e nos últimos 12 meses 5,33%.
Segundo o Instituto, a variação negativa dos alimentos (-0,17%) deveu-se, principalmente, ao aumento da oferta com a entrada da nova safra. A maioria dos preços ficou menor do que os cobrados em março, mês em que a taxa de 0,26% já mostrava queda em relação a janeiro (0,62%) e fevereiro (0,65%). Em abril, as principais quedas foram do tomate (-13,98%), açúcar refinado (-5,63%), frutas (-2,79%), arroz (-2,76%) e feijão carioca (-2,35%).
Em decorrência da boa safra agrícola, o álcool combustível, com -12,11%, acentuou a trajetória de queda (-8,46% em março), com reflexo sobre a gasolina, cujos preços caíram 2,07% (-0,42% em março). Os cigarros, que haviam apresentado alta de 4,95% em março, passaram para 1,54% em abril, enquanto as tarifas de telefone fixo tiveram 1,60% de aumento em maço, mas permaneceram estáveis em abril.
Entre os itens com aumentos expressivos, destacam-se o óleo de soja (3,91%), café (2,55%), gás de cozinha (2,47%), taxa de água e esgoto (2,06%) e os remédios (1,04%).
O maior índice foi registrado em Porto Alegre (0,76%), devido ao aumento das tarifas de ônibus urbanos. O menor foi constatado no Rio de Janeiro (-0,08%).