Governos do RJ, MG e SP querem aproveitar potencial turístico da Estrada Real

27/04/2004 - 15h18

Rio, 27/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - Os governos do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais querem aproveitar melhor o potencial turístico da Estrada Real, que corta os três estados. A Espanha recebe anualmente levas de turistas com um caminho similar, o de Santiago de Compostela. A Estrada Real é uma antiga rota natural de escoamento do ouro e diamantes de Minas para os portos fluminenses de Paraty e Rio de Janeiro no século XVIII. A avaliação sobre o potencial da Estrada foi feita pelo príncipe D. Joãozinho de Orleans e Bragança, membro do Fórum Empresarial de Turismo da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan).

Ele ressaltou, entre as vantagens da Estrada Real sobre a de Santiago de Compostela, a existência de maior número de atrativos e o clima ameno durante todo o ano, o que não ocorre no território espanhol.

Dom Joãozinho acrescentou que, além do turismo cultural, o projeto viabiliza os turismos ecológico e gastronômico na região. "É explosivo o potencial do trajeto para a geração de empregos e renda", destacou o príncipe.

O projeto, lançado há um ano e meio, conta com o apoio do Ministério do Turismo, dos três governos estaduais envolvidos e das prefeituras dos 187 municípios pelos quais a estrada atravessa.

O ministério já disponibilizou R$ 1,2 milhão para a fase inicial de qualificação das personagens e montagem do arcabouço do projeto, segundo o secretário estadual de Turismo do Rio de Janeiro, Sérgio Ricardo de Almeida. A demarcação e a sinalização da Estrada Real nos três estados serão feitas este ano, informou.

Já consolidado em Minas Gerais, onde o trajeto corta 172 municípios, o projeto entra agora em sua segunda fase, relativa à parte da Estrada Real que fica no Rio de Janeiro, revelou Sérgio Ricardo. Ele prevê para este ano a realização do mesmo processo em São Paulo.

Em Minas, o projeto conta com apoio da Federação das Indústrias (FIEMG) e, no Rio, da Firjan. A expectativa é que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) apóie a iniciativa.