Brasília, 27/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - A atividade industrial apresentou sensível melhora no primeiro trimestre de 2004, mas o desempenho ainda é considerado insatisfatório pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De janeiro a março, o índice nacional de evolução da atividade industrial ficou em 47 pontos. Pela CNI, somente índices acima de 50 pontos representam uma avaliação positiva. Porém, a pontuação do trimestre foi a melhor do período desde 2000, segundo a confederação.
De acordo com a CNI, as empresas exportadoras, principalmente as grandes, tiveram índices superiores a 50. As grandes exportadoras atingiram 54,5 pontos. "Não fosse a motivação do crescimento das vendas externas, o desempenho da indústria brasileira teria sido pior", informa a CNI no documento divulgado hoje.
A alta carga tributária é o principal entrave da expansão comercial para 72% das grandes empresas e para 74% das pequenas e médias empresas. O custo das matérias primas é segundo item que mais afeta a rotina das empresas, segundo os pesquisados. Os empresários apontam ainda outras questões que atingem os negócios, como falta de demanda, taxas de juros elevadas, falta de capital de giro e inadimplência dos clientes. No entanto, apesar dos problemas, os empresários acreditam em uma melhora da situação econômica do país nos próximos seis meses.
Na pesquisa CNI, o quesito emprego atingiu 52,1 pontos. Entre as grandes empresas, 60,5% acreditam em uma estabilidade de emprego, 28,1% das empresas apostam em um aumento no número de empregados. De acordo com a sondagem da CNI, os empresários apontam novas contratações para os próximos seis meses.
A sondagem industrial da CNI é feita há seis anos. Nesta última sondagem, foram pesquisadas 1.007 pequenas e médias empresas e 211 grandes empresas, entre os dias 29 de março e 19 de abril.